Uma segunda versão do novo currículo escolar brasileiro foi apresentada na última terça-feira (03/05), pelo Ministério da Educação. O texto preliminar para nortear a nova política educacional no país foi elaborado a partir de uma consulta pública, no ar no site do MEC desde 15 de setembro de 2015. Em seis meses, o portal contou com a colaboração de especialistas e de mais de 12 milhões de internautas.
O objetivo é construir uma base de conteúdos aos quais todos os estudantes brasileiros terão acesso durante a sua trajetória na Educação básica. “Tal fato é de extrema relevância quando vivemos num país continental e que a divisão de classe se faz preponderante. Assim aproximamos expectativas de acesso com a realidade futura, e todos podem competir de forma igualitária”, comenta a professora Dinamara Machado, diretora da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter. Na opinião de diretora, nessa segunda versão houve um grande avanço, principalmente referente à universalização da pré-escola para crianças de 4 a 5 anos.
As escolas brasileiras já tinham o documento dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que orienta a organização curricular, mas não é obrigatório, ou seja, seus currículos poderiam ser organizados de acordo com as orientações criadas pelo Estado e pelos Municípios. Ademir Aparecido Pinheli Mendes, professor-doutor do Mestrado em Educação e Novas Tecnologias da Uninter, ressalta que a definição da BNCC visa atender, em média, 60% dos conteúdos curriculares que são direitos de aprendizagem dos alunos e os outros 40% deverão ser adequados pelas escolas de cada região do país, de acordo com suas especificidades. “A Base é o núcleo comum e, a partir dele, as escolas têm autonomia para criar o seu currículo de forma que atenda a necessidades educacionais dos alunos de sua região”, explica. “Cabe a cada escola pensar a melhor maneira de implementar esse processo de ensino e aprendizagem”.
A é uma das instituições que têm feito esforço na mobilização para esse documento: recentemente, reuniu 40 mil alunos de cursos de licenciatura em palestra sobre o tema. Agora, Estados e Municípios vão discutir a Base Curricular. A versão final vai ser apresentada em junho ao Conselho Nacional de Educação.