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Troca de experiências com pessoas com deficiência contribui para o ambiente de trabalho
18/02/2016 17:17:38

Oportunidade de aprender e de ensinar. Esta é a definição da auxiliar administrativa Louise Ribeiro da Silva, de 26 anos, sobre o trabalho que realiza na área jurídica do Grupo Uninter. Aos dois anos de idade, ela foi diagnosticada com surdez e, naquele momento, começou uma luta em busca de igualdade. Adaptada e feliz no ambiente de trabalho, ela explica que aprende muito no dia a dia e que aos poucos está ensinando a Língua Brasileira de Sinais (Libras) aos colegas. “Com o tempo vai ficando mais fácil a comunicação e a convivência. Cresci em um ambiente de aceitação, tenho o apoio da família e, por isso, sigo em frente, procurando evoluir”. Louise completou o Ensino Médio, está terminando o Supletivo e tem planos de dar continuidade aos estudos na graduação.

 

São exemplos como esse que inspiraram a diretoria do Grupo Uninter na criação do Programa de Inclusão Social. Em Curitiba, são 359 mil pessoas com deficiência e 18 mil empresas precisam cumprir a determinação legal (cota de 2% para negócios de até 100 funcionários, 3% até 500 e 5% onde há mais de mil colaboradores). No grupo educacional, os  colaboradores com deficiência trabalham em diversas áreas, como telemarketing, financeiro, pesquisa e gestão de pessoas, entre outras. “Trabalhar com pessoas com deficiência é um processo de aprendizado para todos na organização. É surpreendente o que estes profissionais são capazes de fazer, pois desenvolvem diversas habilidades. Isso leva a uma reflexão constante, quem é a pessoa com deficiência? Ele ou eu? Porque na verdade, todos nós temos limitações”, comenta Ana Paula Frizzo, gerente de Recursos Humanos da Uninter.

 

Programa de Inclusão

Em 2015, a Uninter iniciou um trabalho de capacitação em parceria com a Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unilehu), com o objetivo de ampliar o número de contratações de pessoas com deficiência. Além disso, iniciou um programa de preparação com os colaboradores, que foram envolvidos em dinâmicas para entender como ajudar a pessoa com deficiência na integração com o ambiente de trabalho.

Para que todas as etapas do programa alcancem os resultados esperados, há cinco meses a psicóloga Silvia Domingos, com deficiência auditiva, foi contratada para acompanhar o trabalho dessas pessoas e dos gestores e equipes que trabalham diretamente com elas. “Todos têm algum tipo de limitação, e existe o hábito de um tratamento diferenciado apenas porque podem ver algumas diferenças na pessoa com deficiência. O primeiro passo para melhorar isso é perguntar, conversar direto com a pessoa”, destaca Silvia.

 

A psicóloga é enfática sobre a importância da sociedade em se comunicar para a mudança dessa realidade. “Ao invés de pegar no braço de uma pessoa com deficiência visual para levá-la a algum lugar, pergunte como é possível ajudá-la, direcioná-la para o lugar que precisa ir. Se precisar ajudar um cadeirante a transpor um obstáculo, pergunte a ele como deve agir, pois ele lida com isso diariamente e com certeza tem a melhor resposta”.