Há nove anos dedicado ao estudo do ensino recebido pelos estudantes supertalentosos, também chamados de superdotados, o professor Wilson Pereyra, mestre em Educação e Tecnologias Educacionais pelo Centro Universitário Internacional Uninter, desenvolveu um projeto que, por meio da robótica, desperta o interesse dessas crianças pelas aulas e os prepara para serem futuros pesquisadores.
O projeto mostrou que algumas habilidades eram sufocadas na escola ou pela própria família, limitando assim, possibilidades de avanços a esses estudantes. “Construímos uma maquete de estação de tratamento de água automatizada, contextualizada num ambiente de escassez do líquido. Esse trabalho em conjunto com os alunos permitiu aprofundar conceitos de Matemática, Física, Química, prática de solução de problemas, de programação com hardwares esoftwares, além da utilização de uma série de robôs”, explica Pereyra.
Percebeu-se que os estudantes sentem-se respeitados e valorizados pelo que produzem, sentimento essencial para o bom desempenho dos alunos com características de superdotação. “O mais gratificante nesse processo de ensino-aprendizagem mediado pelas Tecnologias Educacionais foi o reconhecimento do avanço que cada um obteve desde o começo ao término do projeto”, afirma o professor.
“Este trabalho pode ser referência na área e proporcionar a convergência entre robótica educativa, altas habilidades e superdotação para o ambiente escolar. Os professores precisam se capacitar para as tecnologias que estão surgindo, isso não pode mais ser desconsiderado quando lidamos com alunos acostumados com as novas tecnologias”, explica Luciano Frontino de Medeiros, vice-coordenador do Mestrado em Educação e Novas Tecnologias da Uninter.
Pereyra já aplica essa estratégia pedagógica no Colégio Estadual Dr. Ovande do Amaral, em Rio Negro (PR), e com os resultados atingidos lá, pretende expandir sua pesquisa e quem sabe, torna-la nacionalmente conhecida e utilizada.