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Investimento em Food Trucks exige conhecimento e cautela
09/07/2015 13:17:36

Montar um food truck não é menos complicado que um restaurante; demanda trabalho, organização e investimento. Curitiba tem 1,3 mil vendedores ambulantes de comida regularizados, dos quais 66% trabalham com cachorro-quente, caldo de cana e pipoca. A legislação atual permite apenas carrinhos e barracas fixas. Assim que publicado o decreto, a Lei dos Food Trucks deve impulsionar mudanças nesse quadro. Segundo a Associação Paranaense de Food Trucks, cerca de 30 veículos já estão prontos para funcionar em Curitiba e outros 20 em fase de elaboração. Alguns desses já participam de eventos específicos em locais fechados, que tem reunido grande público.

 

 

Mais de 50% das pequenas empresas que abrem suas portas anualmente não conseguem sobreviver e fecham em até cinco anos. Em momento de crise, as empresas precisam trabalhar muito, mostrar seu diferencial e crescer. O novo ramo exige conhecimento e preparo para futuros entraves. “É necessário estar sempre de olho no mercado e por dentro da legislação para não ser barrado no primeiro momento. Não existe negócio ruim, existe negócio mal gerenciado, mal planejado, mal organizado, todos têm chances de dar certo ou errado, a diferença está na capacidade do investidor em gerenciar o negócio tornando-o rentável”, explica Elton Ivan Schneider, diretor da Escola Superior de Gestão e Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter.

 

Segundo Schneider, se for investir, a hora é agora, enquanto ainda é novidade. Em pouco tempo o cenário será diferente: vários “restaurantes móveis” disputando o mesmo evento, o mesmo espaço físico e baixando preços para vender, bom para o consumidor, muito ruim para o investidor. “Não basta ter a ideia de negócio, é preciso viabilizá-lo, hoje e no futuro”, ressalta. Se a ideia está dando certo, rapidamente a concorrência irá surgir, com novos produtos, serviços e preço mais competitivo. A estratégia deve contemplar o médio e o longo prazo.

 

O investimento, que pode variar entre 50 e70 mil reais ou montantes mais altos, depende de diversos fatores como o tamanho do veículo, a comida a ser comercializada, tecnologia utilizada, adequações de suspensão, freios para tolerar o peso da cozinha, os equipamentos instalados, dentre outros. Para o especialista, o sucesso vai depender da qualidade do produto, da relação existente entre comércio de ambulantes e restaurantes instalados, da disponibilidade de oferta de diferentes tipos de proposta de valor, da capacidade de investimento e retorno a longo prazo, do fluxo contínuo de clientes e do preço pretendido em relação à proposta de valor ofertada.

 

A Lei

 

O prefeito Gustavo Fruet assinou, nesta quarta-feira (8), o decreto que permitirá que food trucks comecem a operar em espaços públicos de Curitiba. O decreto regulamenta a Lei 14.634, que dispõe sobre o comércio de alimentos em logradouros públicos e veículos móveis, aprovada pela Câmara Municipal de Curitiba e sancionada pelo prefeito em 14 de abril deste ano.

 

O documento prevê que os food trucks que irão operar em Curitiba precisarão passar por uma concorrência para atuar em locais públicos. Detalhes como licenciamento, o tempo desta autorização, limitação de locais, venda de bebidas e tabacos, bem como a colocação de mesas e cadeiras ao redor do caminhão de venda de comida, também foram definidos.