Em Santa Catarina, o número de pessoas assassinadas cresceu 8,68% no ano passado, em comparação com o anterior, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). O índice de resolução de crimes caiu de 62,9% em 2014 para 49,5% em 2015. O boletim da SSP ainda informa que, por regiões, o Norte catarinense foi a região com mais crimes contra a vida (203), à frente do Vale do Itajaí, com 193 registros. A terceira região mais violenta foi o Sul de Santa Catarina, com 136 homicídios, seguido do Oeste, com 126. A Grande Florianópolis registrou 118 casos enquanto no Planalto foram 50 homicídios.
De acordo com o especialista em segurança, que por mais de dez anos foi diretor da Penitenciária Industrial de Joinville, Richard Harrison Chagas dos Santos é essencial que sejam oferecidas à população mais jovem qualificação educacional e profissional, capacitando mais pessoas para trabalhar na área. “O que vemos hoje é a falta de perspectivas para os jovens, que ficam à mercê de mensagens subliminares divulgadas pelo mundo do crime e que os atraem para as infrações”, explica ele. Aliados a isso, os mecanismos de segurança devem trabalhar coesos e os dados sobre a violência, ser divulgados à população. “Informação sobre onde a violência ocorre, como, quando e quais os tipos penais configurados é uma ferramenta preciosa de prevenção”, afirma.
Criada pelo Ministério da Educação (MEC) em 2010, a graduação em Segurança Pública atende demandas federais, estaduais e municipais. “É comum encontrar profissionais da segurança pública sem formação específica. O investimento em um curso superior agrega valor para a carreira do profissional e ainda gera bons reflexos nos serviços prestados a sociedade”, avalia Débora Veneral, diretora da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e de Segurança do Centro Universitário Internacional Uninter.
A formação inclui disciplinas como polícia científica, inquérito policial, gerenciamento, planejamento estratégico, criminologia, entre outros. “Esta graduação só está disponível para profissionais da carreira de segurança pública, ou seja, pessoas concursadas que já atuam na área. Trata-se de uma regulamentação do próprio Ministério da Educação para proteger os interesses da sociedade. Por isso é importante verificar se a instituição na qual o candidato pretende ingressar está seguindo as normas descritas pelo MEC”, orienta Débora.
Como segurança é uma necessidade da população e da sociedade empresarial, a Uninter lançou o curso de Gestão de Segurança Privada, para atender a essa demanda. O objetivo principal é preparar e capacitar profissionais para atuar nas áreas de segurança empresarial, pessoal e de sistemas de informações. Logo, para que aquele que não é funcionário público e pretende trabalhar com isso, este curso atende da mesma forma os requisitos exigidos pelo MEC e o mercado de trabalho, que busca cada vez mais profissionais capacitados para atuar como gestores no mundo corporativo.
“Quem estuda consegue discernir melhor sobre os assuntos e decisões a serem tomadas na vida, além de abrir novas oportunidades na carreira”, conta Santos. Segundo o especialista, para seguir nessa profissão faz-se necessário pautar a conduta pela ética e seriedade. “É necessário ter bem claros os conceitos de honestidade e aperfeiçoar-se, a cada dia”, declara.