Em 1990, Ricardo Tadeu Marques da Fonseca foi aprovado em um concurso para ocupar uma vaga de juiz no Tribunal Regional de São Paulo (TRT-SP), mas foi desclassificado por não enxergar. “Alegavam que um cego não poderia ser juiz. Foi um impacto. Eu não esperava uma decisão assim, principalmente partindo da justiça”, relata.
Fonseca é doutor em Direito e em Direitos Humanos, nomeado em 2009, desembargador do Ministério do Trabalho do Paraná e o primeiro juiz cego do Brasil. No dia 24 de março (quinta-feira) ele ministra uma palestra no Centro Universitário Internacional Uninter para contar como essas e outras histórias deram força para seguir sua luta e chegar onde está.
Além do desembargador, participam da noite de palestras o professor Enio Rosa, presidente do Instituto Paranaense de Cegos (IPC), e o professor Paulo Ricardo Ross, doutor em Educação pela UFSC. Os três palestrantes são cegos e abordam um dos assuntos mais discutidos da atualidade, a “Tecnologia Assistiva”. O termo é usado para identificar os vários recursos e serviços que contribuem para melhorar a qualidade de vida e a inclusão de pessoas com deficiência , desde a estimulação essencial de bebês cegos e braile até a orientação, mobilidade e uso softwares.
Segundo Leomar Marchesini, fundadora e coordenadora do Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais da Uninter (SIANEE), a lei de inclusão é muito recente, começou a vigorar em janeiro de 2016, e muitas pessoas nem sabem que existe. “É muito importante divulgá-la e fazê-la conhecida em todo Brasil”, completa.
O evento será promovido pelo SIANEE em parceria com a Escola Superior de Educação da Uninter e o Instituto Paranaense de Cegos (IPC).Palestra Tecnologia Assistiva
Quando: Dia 24 de março, 19 horas;
Quanto: Gratuita e aberta ao público;
Onde: Auditório Campus Garcez – Av. Luiz Xavier, 103 – Centro.
Inscrições gratuitas portal.uninter.com/extensao ou no dia do evento