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Produtos Gospel: O negócio do consumo espiritual
27/10/2015 07:07:03

No Brasil o catolicismo mobiliza 57% da população, ou aproximadamente 116 milhões de pessoas, enquanto as igrejas evangélicas arregimentam perto de 42 milhões de fiéis (25%), de acordo com pesquisas feitas pelo Datafolha em 2013. Os espíritas, com 3%, estão em terceiro lugar, seguidos por testemunhas de Jeová, umbandistas, budistas, adeptos do candomblé, judeus e muçulmanos. Ateus são 8%.

 

Esse público estimula a realização de eventos no país e movimenta a economia com a construção de templos e igrejas; instalação de sistemas de segurança; vendas de artigos religiosos e shows. Festas e romarias turbinam o turismo religioso. No Brasil, de acordo com o Ministério do Turismo, as viagens motivadas pela fé movimentam cerca de R$ 15 bilhões por ano. O desenvolvimento de produtos como agendas, materiais de papelaria, roupas personalizadas, brinquedos, DVDs e desenhos animados, pacotes de viagens e eventos crescem vertiginosamente.

 

Hoje temos empresas de diversos segmentos criando ramificações evangélicas, dando um “estilo gospel” aos produtos para conquistar esse público. Para o teólogo Cícero Manoel Bezerra, coordenador Bacharelado em Teologia do Centro Universitário Internacional da Uninter, o sucesso de uma instituição religiosa está em conciliar o interesse comercial e compreender as necessidades espirituais das pessoas.

 

Bezerra pode comentar e debater as questões envolvendo consumo e religião, colocando em pauta a necessidade de formação dos teólogos para atuar na área. “O conhecimento da comunidade como organização complexa é fundamental, pois entre outras atividades, este profissional tem a função de promover a educação e a cidadania.”